Ciclovia é a nova palavra da moda!
Assim como sustentabilidade, ciclovia caiu na boca do povo, mas muito se fala, sem se dizer nada.
A bicicleta, como meio de transporte urbano, veio para ficar. Cada dia mais é possível observar nas ruas o aumento do número de adeptos a esta nova modalidade.
Independente da opinião de cada um. Independente da forma como vem sendo e continuará sendo conduzida a questão nas políticas públicas. É uma realidade! E precisamos nos adequar a ela.
É claro que este é apenas MAIS um meio de transporte. Não irá tirar lugar de outros meios. Não é uma revolução, propriamente dita. Mas exige uma nova forma de ordenar o espaço urbano, adequando-o a todos os meios de transportes, inclusive aos pedestres.
Nenhuma política pública irá rever a questão de modo a tirar as ciclovias do cenário.
Pelo contrário, já existem muitos municípios incluindo a ciclovia no seu sistema viário, de modo permanente e regulamentado. São municípios que aproveitaram a revisão da lei de parcelamento do solo e já incluíram a ciclovia, definindo tamanhos mínimos aceitos, localização, enfim as regras e parâmetros necessários, assim como se define sobre o sistema viário.
Sistema de transporte
Não existe “o melhor” meio de transporte. E sim, um sistema de transporte, que deve englobar todas as variáveis, ou seja, automóveis, ônibus, metrô, trens, bicicletas, taxis/uber.
Cada indivíduo escolhe o que melhor lhe atende. E isto também pode ser variável conforme o dia ou horário ou qualquer outra questão específica.
É claro que sistemas coletivos de transporte são importantes, uma vez que atendem a uma quantidade maior de pessoas por vez. Assim como meios de transportes menos poluentes ou que gerem menos ruídos.
No entanto, o grande desafio é englobar todos os sistemas de transportes, de modo a atender a diferentes variáveis.
Não adianta achar que um meio de transporte é melhor e vai resolver todos os problemas de locomoção, de todas as cidades. Até porque os problemas de deslocamentos não são resolvidos apenas com meios de transporte, tem toda uma questão de ordenação do território. Mas isto é estória para outro artigo.
As cidades do século XXI são plurais.
São pessoas diferentes, com objetivos diferente, estilos de vida diferentes. Não é possível acatar todas as formas com o mesmo modelo.
Por exemplo: se para uma pessoa que trabalha em um emprego fixo, (com local e horário fixos) é possível se deslocar usando bicicleta porque em seu trabalho tem um vestiário em que ela possa se trocar, perfeito. Se não tem um vestiário e a pessoa vai chegar suada, não vai rolar. Se ela não suar ou o deslocamento for pequeno, talvez mesmo sem o vestiário seja possível. Se o deslocamento da pessoa é sempre ao meio dia, talvez ela não aguente o sol. Para jovens ou pessoas que não dirigem, também pode ser uma saída.
Mas veja que cada caso é um caso. E podemos extrapolar a mesma explicação para os diversos meios de transporte. Não existem solução única. Existe uma solução integrada.
Modelo de implantação
A ciclovia, delimitada dentro do sistema de viário, é algo que surgiu de forma recorrente nesta década. Ainda parece novidade.
As cidades ainda passam por um processo de adaptação, bem como as pessoas.
Aqui vemos duas imagens da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) sobre como adequar as ciclovias e as ciclo-faixas no sistema viário urbano.
São sugestões de implantação que agregam no mesmo sistema viário, ônibus, automóveis, ciclistas e pedestres. Todos de forma segura e coerente.
Não adiantar brigar ou reclamar que as ciclovias atrapalham o fluxo de veículos. Assim como não adianta reclamar dos corredores de ônibus.
A diversidade é a palavra chave do novo século! Temos que aprender a conviver da melhor maneira possível com a diversidade de meios de transporte. Cada um que use aquele que melhor lhe convém.
E você, qual meio de transporte que mais lhe convém? Deixe um comentário com a sua resposta!
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Até a próxima,
Tatiana Rocha