Calçadas – o descaso mora ao lado
Um dos maiores problemas das calçadas, em qualquer localidade do nosso querido país, é a falta de manutenção e o descaso com as mesmas.
Lixo, xixi de cachorro, buracos, bituca de cigarro… tudo vai parar no chão. Postes e lixeiras ficam por todos os lados, atrapalhando o caminhar.
Todo mundo anda pelas calçadas diariamente. Uns mais que outros. Alguns só circulam na hora do almoço, outros circulam também durante o dia ou indo e voltando do trabalho.
Mas todos nós circulamos por elas! Ainda assim, ninguém se sente responsável pela boa conservação das mesmas!
Todo mundo já deve ter pisado em cocô de cachorro e reclamado do dono.
Todo mundo já deve ter tropeçado num buraco e caído, ralado o joelho ou mão, rasgado a calça, estragado o sapato… e, claro, reclamado do dono.
Mas o que cada um faz pela sua calçada?
Manutenção
Pela lei municipal, o responsável pela manutenção da calçada é o proprietário da frente. Ou seja, cada trecho de calçada tem um “dono”, o qual deveria dar-lhe manutenção.
Isto é bom para a cidade, porque a prefeitura não dá conta de arrumar e fiscalizar todas as calçadas, principalmente em cidades como São Paulo, pelo seu imenso tamanho.
E as prefeituras já são responsáveis pelas calçadas de todas as áreas públicas, como praças, escolas, hospitais, entre outros.
Mas este modelo também é bem ruim, porque cada “dono” faz o que quer com a sua calçada, sem se importar com o vizinho ou pior, com os pedestres!
Assim, cada trecho de calçada tem um tipo de pavimento, uma inclinação. Não há continuidade nenhuma, seja física ou visual.
Essas diferenças tornam o caminhar menos propicio e mais desagradável, uma vez que é necessário olhar para o chão para não tropeçar, perdendo, assim, a vista da cidade e o passeio.
Para as pessoas jovens e sem nenhum tipo de deficiência física, não chega a ser um problema. Mas para idosos, pessoas com mobilidade reduzida, crianças, pessoas empurrando carrinho de bebê ou cadeira de rodas… andar pelas nossas calçadas pode ser uma aventura e tanto!
Modelo atual
Cada município tem a sua própria legislação e regulamentação sobre calçadas.
De um modo geral, um padrão aceito que está sendo mais divulgado e difundido é o modelo abaixo.
Este modelo prevê a divisão da calçada em 3 faixas:
FAIXA DE SERVIÇO: com largura mínima de 0,75m. É destinada a instalação de árvores, postes, lixeiras e outros equipamentos.
FAIXA LIVRE: tem largura mínima de 1,20m. É por onde as pessoas circulam. Esta faixa deve ser continua, sem nenhuma interrupção no piso.
(Sabe aquelas faixinhas no sentido transversal, de grama? Pois bem, também não pode! Elas atrapalham o caminhar de cadeirantes, carrinhos de bebê, pessoas de salto alto)
FAIXA DE ACESSO: esta faixa é a destinada ao acesso aos lotes, lojas, serviços. É o local onde as pessoas podem parar para ver uma vitrine ou encostar para conversar.
Em caso de áreas residenciais, esta faixa pode ser transformar em uma faixa de área verde, com grama ou qualquer outro tipo de vegetação. É uma ótima saída para aumentar a permeabilidade das águas da chuva.
Quando for reformar sua calçada, meça a largura da mesma. Em seguida, faça esta divisão de espaços.
Se a calçada em frente à sua casa ou prédio for grande, seja mais generoso com a faixa livre, destinada à circulação das pessoas.
Acessibilidade
As calçadas também precisam atender as normas de acessibilidade.
Quem dá a referência é a NBR 9050, que trata sobre: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Dentro da norma há todo um detalhamento sobre como projetar calçadas acessíveis.
Referências
Para quem desejar ter outras referências sobre projetos de calçadas, segue algumas indicações abaixo.
Este decreto é cidade de São Paulo, mas ele super detalhado, ou seja, uma [ótima referência para se adotar, sobretudo para municípios pequenos que não tem uma legislação especifica.
Decreto Nº 45.904 / 2005 – padronização dos passeios públicos do Município de São Paulo.
Se você tem dúvida sobre alguma da considerações dadas acima, deixe seu comentário abaixo, que logo responderemos.
Até a próxima,
Tatiana Rocha
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